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CAU/GO promove curso de acessibilidade para Secretaria de Educação

Com os olhos vendados, de muletas ou cadeiras de rodas, arquitetos e urbanistas puderam sentir na pele as dificuldades vivenciadas diariamente por pessoas que têm alguma deficiência que interfere em sua mobilidade. As calçadas, rampas, corredores e degraus, de repente, transformaram-se em barreiras intransponíveis.

Essa experiência, que evidenciou o quão importante é o conhecimento sobre acessibilidade na Arquitetura e Urbanismo, foi parte da capacitação realizada pelo CAU/GO nos últimos dias 8 e 9, na sede do Conselho. O curso foi ministrado pela arquiteta e urbanista Elisa Prado, especialista no tema.

 

 

 

Participaram 24 arquitetos e urbanistas que atuam na Secretaria Estadual de Educação (Seduc), Secretaria de Planejamento e Habitação (Seplanh), CREA-GO e Ministério Público de Goiás (MP-GO).

A realização do curso Acessibilidade em Locais de Ensino partiu de uma articulação do Ministério Público junto ao Conselho e à Seduc. O objetivo foi atualizar os profissionais que atuam na educação sobre a aplicação das normas relativas à acessibilidade, em seu trabalho de projeto para construção ou reforma de escolas em todo o Estado.

Como havia mais vagas disponíveis, também foram convidados arquitetos e urbanistas de outros órgãos públicos. A assessora institucional do Conselho, Maria Ester de Souza, e a gerente técnica, Giovana Jacomini, participaram da capacitação.

Na abertura do evento, dia 8 à tarde, o presidente do CAU/GO, Fernando Chapadeiro, deu as boas vindas aos participantes. “Agradecemos pela parceria para tratarmos desse assunto tão importante.”

“Somos promotores da acessibilidade”, afirmou a assessora institucional, Maria Ester de Souza. “Portanto precisamos nos capacitar sempre, a fim de cumprir da melhor maneira a função de projetistas.”

Para Elisa Prado, promover um espaço adequado e correto nos locais de ensino é de extrema importância para que as crianças tenham a possibilidade de se desenvolver plenamente. “É preciso tratar de acessibilidade na escola, que é o primeiro espaço de convívio das crianças, onde elas têm toda a possibilidade de sentir que o mundo é para elas”, afirma.

A arquiteta e urbanista e analista em edificações do MP, Viviane Bueno, participou do curso. “Foi uma iniciativa incrível e realmente muito necessária. Muitos profissionais tiveram a oportunidade de revisar conceitos e verificar exemplos práticos”, afirmou. Para Viviane, a capacitação também foi uma oportunidade de trocar experiencias com outros profissionais.

“A acessibilidade está nos detalhes”, afirmou Elisa Prado, durante o curso. O “detalhe” pode ter apenas três centímetros. Foi o suficiente para o desnível entre os pisos, na entrada do edifício do CAU/GO, impedir o acesso de uma arquiteta em cadeira de rodas.

Para a arquiteta da Seplanh Patrícia Guimarães, esse tipo de curso deveria acontecer com mais frequência. “A gente precisa estar sempre se atualizando e aprendendo mais”, afirmou. A analista de projetos da secretaria Ana Maria Dantas disse que é sempre boa a realização de cursos como esse, para que o profissional possa acompanhar as alterações das leis e normas sobre o tema. “É uma maneira de estarmos antenados com as mudanças, pois trabalhamos seguindo a lei, que determina o atendimento à acessibilidade. Nós temos que saber como aplicá-la.”

 

 

 

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