Notícias CAU/GO

Memória e identidade na Aula Magna com Andrey Schlee, dias 13 e 14

No próximo dia 13, o patrimônio histórico será o tema da 11ª edição da Aula Magna do CAU/GO, com a palestra do arquiteto e urbanista Andrey Schlee. Diretor do Departamento de Patrimônio Material do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), na sede em Brasília, Andrey falará, entre outros assuntos, do papel que o patrimônio arquitetônico, como o Jóquei, desempenha na vida das pessoas. Em 15 de dezembro do ano passado, o CAU/GO solicitou o tombamento da edificação ao Iphan, mas o processo pode levar até cinco anos.

As inscrições para Goiânia e para a cidade de Goiás estão encerradas. 

Recentemente, a diretoria do clube retirou pedido de demolição do edifício junto à prefeitura de Goiânia. Contudo, o exemplar da Arquitetura moderna brasileira, de autoria do premiado Paulo Mendes da Rocha, segue ameaçado pela falta de uso e de manutenção, o que pode acabar levando a sua completa deterioração.

A Aula Magna será no Teatro Unip, em Goiânia, às 19h do dia 13. Na manhã do dia 14, às 10h, o evento será realizado pela primeira vez na cidade de Goiás, que desde 2015 conta com um curso de Arquitetura e Urbanismo, na Regional Goiás da Universidade Federal de Goiás (UFG). A palestra ocorrerá na Unidade Acadêmica Especial de Ciências Humanas (UAECH), localizada no antigo Colégio Santana, no Largo do Chafariz.

Planejamento urbano X patrimônio
Atualmente, segundo a conselheira do CAU Márcia Guerrante, também existe extrema preocupação com o tipo de adensamento populacional que a minuta do Plano Diretor, apresentada pela Prefeitura de Goiânia, poderá permitir. “Pelo que entendemos, o texto dá margem à verticalização do Centro, exigindo apenas a preservação imediata de bens tombados”, afirma.

Mas, segundo a arquiteta e urbanista, as casas dos anos 1930 a 1960 do Centro e Bairro Popular, que vêm sendo derrubadas diariamente, não são tombadas. “Ainda assim, trata-se de um patrimônio histórico e arquitetônico da capital”, diz. “Além disso, devemos preservar a paisagem. E é preciso esclarecer que ‘adensamento’ não precisa significar ‘verticalização’.”

A conselheira também manifesta apreensão quanto ao setor Sul. “É um bairro jardim e um patrimônio histórico e ambiental, que está detonado. O Plano Diretor não traz nenhuma menção a ele, enquanto patrimônio”.

Memória e identidade
Além de diretor do Iphan, Andrey Schlee é professor na Universidade de Brasília (UnB), onde uma de suas linhas de pesquisa trata da história da Arquitetura brasileira. Há sete anos no Iphan, o arquiteto afirma que o patrimônio cultural brasileiro é muito grande e diverso. “Não há forma preestabelecida de como preservá-lo”, diz. “Há sim uma instituição com 89 anos de vida e uma experiência acumulada fantástica.”

Segundo Andrey, sua diretoria vem buscando qualificar a atuação da autarquia, “com mais diálogo com a sociedade, articulação pública e espírito crítico”. “Recentemente, colocamos em consulta pública a Política de Patrimônio Material. Trata-se da consolidação da experiência institucional, que estamos aprimorando e construindo com a participação de todos.” Andrey Schlee é mestre pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e doutor pela Universidade de São Paulo.

Saiba mais
Abertas as inscrições para Aula Magna sobre Patrimônio Histórico
Segundo Andrey Schlee, preservar o patrimônio é questão de sobrevivência

 

Atualizado em 13/03/2018.

OUTRAS NOTÍCIAS

Entrevista com George Lins

Brasília sediará a IV Conferência Nacional de Arquitetura e Urbanismo entre 8 e 10 de novembro

Prêmio TCC 2023 está com inscrições abertas! Prazo de envio é até 10/11