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Em Aula Magna, Joana França fala sobre sua técnica e sensibilidade na fotografia de Arquitetura

Idas e vindas à locação em busca da melhor luz para registrar a edificação ou da vegetação que se desenvolveu ao longo dos meses, após concluída a execução do projeto. As mudanças da luz no decorrer do dia, as diferenças que se apresentam entre aquela foto feita assim que o sol nasce ou naquele breve instante entre o fim do dia e começo da noite. O concreto sujo que depois é limpo para garantir melhores imagens.

Com detalhes sobre o dia a dia do trabalho de fotografar Arquitetura, Joana França veio de Brasília compartilhar sua experiência com os estudantes, professores e profissionais de Goiás, na última terça-feira, 25 de outubro.

A Aula Magna foi no Teatro PUC, onde o CAU/GO retomou o formato presencial do evento, interrompido desde março de 2020. “Para divulgar o trabalho produzido, a fotografia pode ser uma grande aliada da Arquitetura”, falou o presidente do Conselho, Fernando Chapadeiro, nas boas-vindas aos presentes – após distribuir cinco exemplares sorteados do livro patrocinado pelo edital de 2022, “O edifício do antigo Fórum e Tribunal de Justiça de Goiás”, de autoria das arquitetas e urbanistas Mírian Belo e Denise de Oliveira.

Joana França mostrou fotografias de profissionais que são suas referências, como Nelson Kon e Iwan Baan, entre outros – para depois partir para imagens de seu próprio trabalho. “A fotografia de Arquitetura nem sempre é só da casa”, explicou. “É também do contexto em que o projeto está inserido, seu entorno, que revela a implantação desse projeto.” Para Joana, detalhes construtivos também são importantes elementos da fotografia de Arquitetura.

Ponto crucial do trabalho fotográfico, a iluminação exige uma organização prévia, segundo a fotógrafa. “A gente precisa ter um planejamento, para não ser pego de surpresa ao longo do dia. Eu uso um aplicativo para saber o movimento do sol em cada locação”, disse. “No lusco fusco, por exemplo, é possível ver mais o interior da edificação iluminada. Tem que correr por 15 minutos para pegar os ângulos mais importantes.”

Entre os diversos trabalhos que apresentou na Aula Magna, Joana França demonstrou as inúmeras variações de registro considerando luz, ângulo, lente utilizada, com modelo humano ou sem, incluindo uso de drone, mas sempre sem flash, dando preferência para as longas exposições. Mostrou fotos de projetos desenvolvidos pelo arquiteto e urbanista Zanine Caldas – diversas residências; Bloco Arquitetos – Casas Cavalcante e Palicourea; e Laurent Troost – Casarão da Inovação Cassina e Galpão Tropical. Muitos registros também de obras de Lina Bo Bardi, feitos para um livro em homenagem ao trabalho da arquiteta e urbanista – sua casa no Morumbi, Sesc Pompéia, Masp.

“Seja nas redes sociais, em portfolios ou sites profissionais, apresentar boas imagens dos edifícios e espaços projetados e construídos sempre conquistam novos olhares”, disse Fernando Chapadeiro. “Capturar em imagens a essência de um espaço, com seus melhores ângulos, luzes e formas, requer técnica e sensibilidade”.

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