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UIA 2020 fortalecerá valor cultural da Arquitetura

Centro Histórico de São Luís. Conjuntos homogêneos de arquitetura civil, remanescentes dos séculos XVIII e XIX. Fonte: Iphan

Apesar de a Arquitetura ser um fenômeno social produzido pelo homem, grande parte da sociedade tem dificuldade em reconhecer o valor cultural da atividade. O governo federal, por exemplo, só passou a considerar Arquitetura como cultura a partir de 2010, quando aconteceu a 2ª Conferência Nacional de Cultura do Ministério da Cultura (MinC). Para reverter esse quadro, o Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB) pretende, até 2020, quando será realizado pela primeira vez no país o Congresso Mundial da União Internacional dos Arquitetos (UIA), realizar uma série de debates e palestras para consolidar a dimensão cultural da disciplina.

Para o presidente do IAB-SP e representante do instituto na Comissão Nacional de Incentivo à Cultura, José Armênio de Brito Cruz, é um erro considerar Arquitetura apenas como um patrimônio do passado. O arquiteto paulista defende também o direito de a atividade receber incentivos da Lei Rouanet. “Os projetos construídos agora são patrimônio do futuro. Esse reconhecimento vai qualificar a intervenção na cidade. Pela lei, o que é reconhecido como cultura é apenas patrimônio. A nossa visão é que qualquer projeto – casa, edifício de apartamentos, mercado, fábrica ou escola – é cultura”, explicou José Armênio.

Em junho de 2015, o presidente do IAB-SP defendeu o direito de a Arquitetura e Urbanismo receber incentivos da Lei Rouanet na reunião da Comissão Nacional de Incentivo à Cultura. Na ocasião, a proposta foi aprovada por unanimidade. O próximo passo é o detalhamento de como os incentivos poderão ser concedidos.

Segundo o presidente do IAB-RJ e diretor geral do 27º Congresso Mundial da União Internacional dos Arquitetos – UIA 2020 RIO, Pedro da Luz Moreira, o reconhecimento do valor cultural da Arquitetura e do espaço construído pelo homem envolve a questão da presença e da produção futura do patrimônio construído. “A especificidade desse patrimônio abrange uma imensa diversidade de situações, que reproduzem a riqueza do país e a adequação dos espaços construídos nas várias regiões do país”, afirmou.

O UIA 2020 RIO reunirá 15 mil arquitetos de todo o mundo para discutir o futuro das cidades e da Arquitetura. O evento, apresentado como o maior nos anos seguintes ao Jogos Olímpicos, terá como tema “Todos os mundos. Um só mundo. Arquitetura 21”. Será a primeira vez que o encontro será realizado no Brasil. Promovido pela UIA, com organização do IAB, o congresso vai discutir a ocupação do espaço construído pelo homem no planeta através dos seguintes eixos: arquitetura e cultura; arquitetura popular; cidade, paisagem e ambiente; urbanismo e o desenho da cidade; e metrópoles e cidades médias.

O 27º Congresso Mundial da UIA tem o apoio do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU/BR), do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Rio de Janeiro (CAU/RJ), da Federação Nacional de Arquitetos e Urbanistas (FNA), da Associação Brasileira de Arquitetos Paisagistas (ABAP), da Associação Brasileira de Escritórios de Arquitetura (AsBEA), da Associação Brasileira de Ensino de Arquitetura e Urbanismo (ABEA), da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo (ANPARQ), do Conselho Internacional de Arquitetos de Língua Portuguesa (CIALP) e da Federação Pan-Americana de Associações de Arquitetos (FPAA).

Fonte: IAB-RJ

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