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Bienal de Arquitetura de SP sugere integração para habitações populares

As habitações populares e econômicas também estão na mira da X Bienal. A mostra no Museu da Casa Brasileira propõe opções à massificada produção imobiliária para tais segmentos.

Um dos trabalhos em exposição é um estudo realizado pelo Laboratório de Habitação e Assentamentos Humanos da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (LabHab/Fau) que aponta a qualidade ruim dos projetos. Haveria nos empreendimentos aspectos como o incentivo à segregação espacial e social nas periferias, a falta de áreas verdes e de convívio para moradores e a aposta na uniformidade de usos e de tipologias.

“Uma simulação feita pelo LabHab, com uma variação significativa do preço da terra (simulações com variação de até 100%), mostrou que, ao contrário do que se costuma dizer, o aumento do preço fundiário tem rebatimento relativamente baixo no custo final dos empreendimentos (em torno de 20%)”, revela um dos textos da mostra, que divulga planos de arquitetos consagrados para combate aos problemas.

Um dos focos principais da exposição, segundo o curador Guilherme Wisnik, é chamar a atenção para o programa federal Minha Casa, Minha Vida, que já entregou 1,3 milhão de moradias no País, grande parte delas com alto grau de padronização em regiões distantes.

Os trabalhos abertos à visitação apostam em empreendimentos – inclusive de programas de habitação governamentais – integrados ao tecido urbano, com promoção da variabilidade de plantas, incentivo ao uso misto, integração com o meio ambiente e fachadas sofisticadas em materiais e cores. Alguns edifícios populares até lembram lançamentos imobiliário de padrão bem mais elevado espalhados por regiões descoladas da cidade. (Gustavo Coltri)

Publicação original: O Estado de S. Paulo

Foto: Helvio Romero (Estadão)

 

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